Por Jorge Nunes Chagas
O celular nunca esteve tão próximo de se tornar uma legítima carteira eletrônica. Com a chegada da promissora tecnologia NFC (Near Field Communication) no mundo das comunicações móveis, nossa forma de consumir informações e produtos mudará significativamente. No entanto, é em sua utilização para pagamentos via aparelhos celulares e smartphones que ela vem ganhando força e atenção do mercado. É tudo muito simples e rápido. Basta aproximar dois dispositivos compatíveis para realizar a troca de informações de maneira segura e eficiente.
Esta é a mesma tecnologia usada no Bilhete Único, cartão com chip adotado nos ônibus e no Metrô para liberar as catracas, apenas com a aproximação do bilhete. Ele registra os pontos de embarque e partida e calcula automaticamente as tarifas. Recentemente, com a nova integração ônibus-trem, este recurso será utilizado como nunca antes pelos cariocas, sem que muitos saibam sobre tal tecnologia que está por trás disso. O NFC é a combinação entre rapidez e mobilidade e será tão comum como o GPS, o Bluetooth e o Wi-Fi.
O Near Field Communication é uma tecnologia de transmissão sem fio feita através de radiofreqüência, desde que os dispositivos compatíveis estejam bem próximos um do outro, a uma distância de até 10 centímetros para troca de informações. Seu investimento em operações bancárias será pesado. No pagamento eletrônico, por exemplo, o estabelecimento deve possuir um leitor para que o cliente aproxime o celular ou outro objeto para que os dados sejam transferidos e se efetue a transação. Algo já existente e que chega próximo a isso é o serviço por meio de SMS (mensagens de texto) como o Oi Paggo e Redecard celular, bastando o envio e recebimento de torpedos para pagar suas contas com o celular. Mesmo assim, o NFC é ainda muito mais rápido.
Um celular que já possui esta tecnologia é o Nexus S da Samsung, mas aos poucos os novos smartphones (como o iPhone) que surgem, estarão aderindo a esta tecnologia inserindo um chip NFC embutido. Lá fora, o uso está em um estágio mais avançado. No Japão, por exemplo, já usam a tecnologia para comprar passagens de metrô e trens direto nas catracas.
Objetos comuns do nosso cotidiano se tornarão mais tarde “objetos inteligentes”. Desde coisas como obter informações de um display de supermercado, bastando encostar o celular a assistir um trailer de um filme encostando o celular no cartaz do cinema. Acredita-se que devem substituir os códigos de barra e até os cartões de crédito, bastando o cliente aproximar o celular para visualizar o preço de um produto e para efetuar um pagamento usando da mesma ação, este num dispositivo instalado no caixa. Poderão vir a substituir as chaves do carro físico, do escritório, do quarto de hotel, de ambientes corporativos, dispositivos para controlar o acesso às instalações e redes de computadores ao mesmo tempo, tudo com a autenticação dos usuários.
Na Europa, a cidade de Londres, sede das Olimpíadas de 2012, deve ser o primeiro lugar que irá adotar de forma massiva o pagamento via celular por proximidade. No Brasil, apesar do Bilhete único, ainda é muito discreto em escala comercial. Em 2009, a Visa iniciou um piloto com o Visa PayWave, junto ao Banco do Brasil, Bradesco e Cielo. Crê-se que o advento possa estar consolidado no ano de 2015. É esperar para ver, pois em questão de tempo, isso vira moda.
Assista ao vídeo abaixo para entender com exemplos visuais como a tecnologia funciona:
Por Jorge Nunes Chagas
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