terça-feira, 17 de maio de 2011

Internautas viram repórteres na cobertura da enchente de abril na Zona Norte

Por Angélica Fernandes

Foto: João Henrique Brito da Rosa feita para o VC no G1

A participação dos leitores foi fundamental para atualização dos fatos. Através das redes sociais, jornais conseguiram reunir bons materiais para compor reportagens sobre a forte chuva.

A enchente que atingiu os bairros do Centro, Tijuca e Praça da Bandeira na noite de 18 de abril provocou paralisação no trânsito até a manhã do dia seguinte. Com o alagamento das principais vias que ligam os bairros da Zona Norte, era impossível locomover a imprensa para qualquer local próximo. Sem a cobertura em tempo real da equipe de jornalismo, a alternativa encontrada pelos veículos de comunicação era reproduzir vídeos, imagens e relatos das pessoas que já estavam no local.

No twitter, a hashtag #chuvasrj foi a mais comentada durante todo o dia. Os jornais online reproduziam tudo que era noticiado pelos internautas como fonte oficial. No G1, ainda na noite de chuva foram disponibilizados mais de 70 fotos de leitores sobre as enchentes. Algumas inclusive, foram selecionadas para compor as páginas impressas do dia seguinte.

No jornal O Dia, o repórter fotográfico Paulo Araújo, foi escalado na madrugada para ir aos locais de alagamento e registrar os estragos provocados pelo temporal. Sem saber por onde começar, o fotógrafo foi exatamente aos locais indicado pelas redes sociais como caos."Antes de ir para rua, olhei o twitter e o facebook e vi que na Praça da Bandeira tinha uma garagem embaixo d'água. Um morador próximo a este endereço falava no twitter que seu carro estava lá. Demorei muito para chegar, por conta do engarrafamento e só consegui fazer a foto pela manhã. Se não fosse essa indicação do leitor, com certeza iria ser mais difícil".

Foto: Paulo Araújo

Os problemas causados pelo temporal rendeu suíte por cinco dias. Deste assunto, diversas pautas surgiram graças as informações coletadas pela internet. Uma manifestação dos comerciantes da região teve início através do twitter e dois dias após a enchente tomou as ruas da Praça da Bandeira. Donos de estabelecimentos fecharam as portas e colocaram faixas protestando as autoridades pela falta de obras no local.

Foto: Paulo Araújo

Após a insistência através das redes socias e dos veículos de comunicação, no mesmo dia o Governo do Estado assumiu o compromisso de até o fim deste ano começar a dragagem do Rio Maracanã e o desentupimento dos bueiros nos bairros atingidos.


Por Angélica Fernandes

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