Por Roberta Cardoso
Foto: Divugação |
Que adulto não se lembra do seu tempo de criança ou de sua adolescência? Na época da escola, com os outros colegas, quantas brincadeiras já participou ou presenciou? Quantos apelidos não deu ou recebeu? Porém, será que é possível lembrar se em algum desses casos as brincadeiras não passaram do limite a ponto de fazer mal a alguém ou a si mesmo? Em muitos lugares esses excessos acontecem de forma violenta, machucando fisicamente ou mentalmente a vítima. É o que os especialistas chamam de bullying.
Este tipo de violência se manifesta através de insultos, piadas, gozações, apelidos cruéis, ridicularizações feitos por um ou mais jovens contra o outro. O termo bullying foi utilizado pela primeira vez por Dan Olweus quando pesquisava sobre tendências suicidas em jovens adolescentes. As suas investigações levaram-no a concluir que a maioria que cometiam estes atos, tinha sofrido algum tipo de ameaça.
O problema acontece normalmente nas escolas, porém tem se desenvolvido, também, através de um novo meio: a Internet. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), 10% dos jovens dizem terem sofrido maus tratos no ambiente escolar e 17% passaram por isso na internet. Segundo a psicóloga Regina Campos, o cyberbulling pode ser ainda pior, pois a vítima não conhece o agressor e por isso não pode se defender. “O jovem se sente perseguido até fora da escola, pois o mundo virtual não tem fronteiras. Ele pode receber mensagens ou imagens agressivas até pelo celular”, explica.
A psicóloga diz que para diagnosticar o problema é fundamental que os pais prestem atenção às mudanças de comportamentos dos filhos. “Conversar com o jovem sobre como foi o dia na escola, além de conhecer as pessoas que convivem com ele pode ajudar”. Caso descubra que o filho passa por esse tipo de agressão, o melhor a fazer é procurar um especialista que irá lhe orientar sobre como deve agir. “Deve ser um trabalho em conjunto com os coordenadores da escola e os pais, tanto da vítima quanto do agressor”. Somente com a ajuda e a atenção dos adultos é possível acabar com o problema.
Cansado das agressões que aconteciam desde a infância, o australiano Casey Haynes, de 15 anos, decide revidar as provocações.
Assista ao vídeo de Casey Haynes que ganhou repercussão no mundo todo:
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