quarta-feira, 18 de maio de 2011

Massacre de Realengo na web 2.0

Por Cristiane Lima

Foto do atirador. Divulgação Polícia Civil

Antes do dia 7 de abril de 2011 uma pesquisa básica sobre Realengo contaria a história do bairro, suas altas temperaturas e a origem de seu nome. No entanto a tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira reclassificou o local e mudou a rotina dos moradores desse bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.

Na manhã do dia 07 de abril o jovem Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Tasso da Silveira, entrou no colégio com o pretexto de que daria uma palestra em comemoração aos 40 anos da escola. Armado com dois revólveres ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar, fez vários disparos contra os estudantes e seguiu para o segundo andar do prédio onde vitimou outros alunos, foi atingido por um policial militar e acabou se suicidando.

Márcia Cristina Teixeira é proprietária de um bazar que fica na rua em frente a da escola municipal. No momento dos tiros, todos que passavam correram para o interior de sua loja em busca de abrigo. – Quando descobrimos o que era, não queríamos acreditar. A barbaridade era tão grande que ficava difícil de entender. Como estava com muito medo decidi fechar a loja e ir para casa, também em Realengo. Fiquei da minha casa acompanhando tudo pela TV e pela internet – diz ela.

Em poucas horas a tragédia estava anunciada. 12 mortos, dezenas de feridos e um país inteiro em choque. Noticias sobre o massacre eram produzidas a todo momentos em todos os meios. Centenas de profissionais de comunicação se misturavam a moradores que com o auxilio de câmeras digitais e telefones celulares registravam todo o horror daquele dia.

Imprensa entrevistando a menina Jade - Foto: Paulo Araújo/ Divulgação O Dia

A figura do eu-repórter esteve totalmente presente no dia da tragédia. Antes mesmo que houvesse a confirmação dos fatos, vídeos e fotos produzidos por moradores e alunos já circulavam na internet mostrando a saída dramática dos alunos, o socorro as vítimas e a chegada da polícia.



Massacre de Realengo gera discussão em redes sociais sobre falta de segurança nas escolas

Menina sendo levada para a ambulância. Foto enviada por leitor Juarez ao jornal O Dia

A tragédia na Escola Tasso da Silveira gerou debate entre os usuários do twitter sobre a falta de segurança nas escolas. No Orkut, comunidades foram criadas para discutir o assunto propondo enquetes sobre a necessidade de maior vigilância nas escolas,o uso de detectores de metais e a participação mais ativa da comunidade.

O uso da tecnologia foi fundamental para que a polícia desvendasse a motivação do crime. Alguns dias após o massacre foram descobertos no computador de Wellington vídeos relatando o massacre planejado e perfis em redes sociais atribuídos ao assassino.

Assista ao vídeo de Wellington divulgado pela Polícia Civil:



Por Cristiane Lima

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